As guerras do mercado de previsões estão a aquecer. A Kalshi recentemente levantou 185 milhões de dólares a uma avaliação de 2 bilhões de dólares da Paradigm, enquanto a Polymarket está a levantar 200 milhões de dólares a uma avaliação de 1 bilhão de dólares do Founders Fund. Ambas visam o mesmo mercado com estratégias completamente diferentes. A Kalshi cobra taxas de transação por negociação e spreads de formador de mercado que geram receitas exponenciais à medida que o volume cresce. A sua licença da CFTC significa KYC obrigatório e aprovação por mercado, bloqueando tópicos sensíveis, mas garantindo conformidade nos EUA. A vitória no tribunal federal que permitiu apostas políticas abriu portas para integrações com Robinhood e WeBull, alcançando mais de 200 milhões de traders de retalho.​​​​​​​​​​​​​​​​ Entretanto, a Polymarket abraça a descentralização ao construir na Polygon, cobrando zero taxas e permitindo a criação de mercados de previsões sem permissão. Apesar de processar 3,6 bilhões de dólares em apostas eleitorais, a Polymarket não gera receita, apostando que a distribuição e os efeitos de rede importam mais do que a monetização imediata. A Polymarket foi banida dos EUA após pagar uma multa de 1,4 milhão de dólares à CFTC, mas está a lutar para voltar ao mercado dos EUA adquirindo uma bolsa e fazendo parcerias com X e Perplexity para integração de dados. Ambas as empresas enfrentam desafios que determinarão quem capturará este mercado. A Kalshi precisa de expansão internacional para crescer além das restrições regulatórias dos EUA, enquanto a Polymarket precisa gerar receita e alcançar clareza legal para justificar a sua avaliação de um bilhão de dólares. Todo o setor depende de como os reguladores tratam os mercados de previsões como instrumentos financeiros legítimos ou jogos de azar, e se traders institucionais ou especuladores de retalho impulsionam a adoção.
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